DUKE – A NOVA SÉRIE DE HERMANN EDITADA EM PORTUGAL PELA ARTE DE AUTOR

“DUKE – A LAMA E O SANGUE”

EM 1886, UM DOS PEQUENOS POVOADOS DO COLORADO, NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, VÊ-SE SOB O JUGO DE SÁDICOS PISTOLEIROS CONTRATADOS PELO PROPRIETÁRIO DE UMA MINA, OS QUAIS NÃO TÊM QUAISQUER ESCRÚPULOS EM ASSASSINAR TODOS OS QUE SE ATRAVESSAM NO SEU CAMINHO.

MAS QUANDO AS VÍTIMAS COMEÇAM A SER MULHERES E CRIANÇAS, DUKE, O AJUDANTE DO XERIFE LOCAL, É OBRIGADO A ABANDONAR A SUA NEUTRALIDADE E A REVELAR O QUE MELHOR SABE FAZER: RECORRER ÀS ARMAS.

Argumento: Yves H. – Desenho: Hermann – Edição: cartonada, 56 páginas – Impressão: cor – Data de edição: Outubro de 2017 – Editor em Portugal: Arte de Autor – PVP: 15,00€

Hermann, um autor que não pára

Hermann Huppen nasceu na Bélgica, em Julho de 1938. Depois de terminar os estudos, com o fito de se tornar fabricante de móveis, profissão que não era o seu forte e em que trabalhou apenas duas semanas, abandona-a para ingressar num gabinete de arquitectura. Paralelamente, e à noite,  Hermann  estuda desenho de arquitectura e de decoração interior na Academia de Belas Artes de St. Gilles (Bruxelas).

Após uma permanência de três anos no Canadá, regressa a Bruxelas e casa-se. O destino dita-lhe como cunhado Philippe Vandooren, futuro director editorial da Dupuis, o qual, apreciando o seu jeito para o desenho, lhe encomenda uma pequena BD para uma revista de que é responsável: a mítica Spirou. Essa história chama a atenção de Greg, que entra em contacto com o jovem autor e lhe propõe uma experiência de seis meses no seu estúdio.

E é assim que, em 1966, Hermann começa a ilustrar Bernard Prince, uma série policial escrita por Greg e que é publicada noutra mítica revista, a Tintin (onde Greg era chefe de redacção), transformando-se em breve numa grande série de aventuras ao entrar em cena o iate Cormoran. Depois de uma incursão na série histórica Jugurtha (1967), escrita por Laymilie (Jean-Luc Vernal), da qual desenha os dois primeiros tomos, Hermann retoma a colaboração com Greg em Comanche, série western que surge em Dezembro de 1969.

Em 1977, Hermann sente necessidade de criar histórias autónomas e lança-se na sua primeira série a solo, Jeremiah, abordando um futuro apocalíptico. Entre 1980 e 1983, ilustra Nic, uma série onírica com argumento de Morphée (aliás, Philippe Vandooren). Em 1984, inicia uma nova série cuja acção decorre na Idade Média: As Torres de Bois Maury.

Hermann e Yves H. – pai e filho – uma parelha de sucesso

Exigente, curioso e trabalhador incansável, Hermann dedica-se na década de 90 à criação de “one-shots” (histórias sem continuidade): Missié Vandisandi (1991), Sarajevo-Tango (1995), Caatinga (1997) ou On a tué Wild Bill (1999).

Em 2000, com a cumplicidade de Van Hamme, desenha Lune de Guerre. Depois, com argumentos do filho, Yves H., surgem histórias como Liens de Sang, Le Secret des Hommes- -Chiens, Rodrigo, Zhong Guo, Manhattan Beach 1957, The Girl From Ipanema… ou Duke.

Hermann, que recebeu várias distinções ao longo da sua prolífica carreira, foi em 2016 homenageado com o Grande Prémio do Festival de Banda Desenhada de Angoulême. É um dos autores franco-belgas mais publicados em Portugal, tanto em álbuns como em revistas (Tintin, Mundo de Aventuras, Selecções BD), e já nos visitou algumas vezes. A Arte de Autor — uma novel editora que tem primado pelas boas escolhas — está de parabéns por trazer a sua nova série (de que mostramos algumas páginas) para o mercado bedéfilo português.

Páginas do álbum “Duke – A Lama e o Sangue” (edição Arte de Autor)

Leave a comment